segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Pequenas empresas do Paraná dispõem de oito fontes de crédito

Hugo Harada / Gazeta do Povo / Rodrigo Miranda, da Vininha: empréstimos para nova fábrica e loja em shopping.

Donos de micro, pequenas e médias empresas têm à disposição pelo menos oito “fontes” de linhas de crédito para ampliar suas companhias ou comprar máquinas e equipamentos. Há programas que oferecem crédito entre R$ 1 mil e R$ 350 mil, com taxa de juros que variam de 6,5% a mais de 12% 

ao ano e prazos de pagamento que podem chegar a dez anos. Para contornar a dificuldade em apresentar garantias aos bancos, começam a surgir sociedades garantidoras de crédito.
Entre as instituições que tradicionalmente oferecem linhas para empresas de pequeno porte estão o Banco Nacional de Desen­volvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco Regional de De­­sen­­volvimento do Extremo Sul (BRDE), a Agência de Fomento do Paraná, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, além das cooperativas de crédito. Mas há novas opões: neste ano o governo federal criou o Programa Crescer, que já começa a operar, e hoje o governo estadual lança o Banco do Empreendedor do Paraná (leia texto nesta página).
O BRDE tem a meta de emprestar neste ano R$ 1 bilhão para empresas paranaenses de todos os portes. Micro, pequenas e médias empresas já tomaram R$ 400 milhões em financiamentos com o banco e há pelo menos outros R$ 300 milhões disponíveis para empresas de qualquer tamanho. “Temos orçamento e os empresários que buscam reformar seu empreendimento ou comprar máquinas e equipamentos podem nos procurar”, diz o gerente de planejamento do BRDE, Thiago Tosatto.
Garantias
Uma das maiores dificuldades para conseguir um financiamento é apresentar as garantias exigidas. Por essa razão, estão sendo implementadas sociedades garantidoras de crédito, que têm como objetivo complementar garantias exigidas nas operações, além de fornecer aval técnico e assessoria financeira. De acordo com o Sebrae-PR, já há quatro sociedades desse tipo no estado: a Garanti­sudoeste (que atende Francisco Beltrão e região), a Garantioeste (Toledo e região), a Noroeste Ga­­ran­­tia (Maringá e região) e a Garan­tinorte (Londrina e região).
A previsão do Sebrae-PR é de que, nos próximos cinco anos, as sociedades paranaenses – inclu­in­­do a de Guarapuava e região, ainda em instalação – devem atender 7,5 mil micro e pequenas empresas, e o volume de crédito a ser concedido por meio das garantias pode chegar a R$ 120 milhões. “Os empresários estão vendo que, quanto mais bem orientados, mais facilmente conseguem ter acesso ao crédito. É para isso que estão aí as sociedades garantidoras de crédito: elas são parceiras do empreendedor”, explica Flavio Loca­­telli Jr., coordenador estadual de acesso a serviços financeiros do Sebrae-PR.
De acordo com o Instituto Pa­­ra­­naense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), existem no Paraná 600 mil empresas formais, das quais 99% são micro ou pequenas. O presidente da Agência de Fomento do Paraná, Juraci Barbosa Sobrinho, afirma que nas menores cidades são os micro e pequenos em­­presários que fazem a diferença. “Por isso orientamos os empreendedores a tomar o crédito, porque sabemos que essas linhas aquecem a economia local e au­­mentam a riqueza nestes municípios”, explica.
Além das linhas de crédito mais conhecidas, o Sebrae-PR recomenda ainda as linhas de crédito de cooperativas. “Elas também são instituições financeiras que usam os seus programas de fomento para o desenvolvimento local”, destaca Locatelli Jr.
Gazeta do Povo

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