quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Fim da linha para Nei Barroso

Dois adolescentes são acusados de matar um dos mais temidos criminosos da região. Sidnei Marcos da Silva, de 46 anos, conhecido popularmente como ‘Nei Barroso’, foi assassinado com cerca de 10 tiros. O corpo foi encontrado por volta das 20 horas do último domingo (12), na localidade de Água Fria, município de Goioxim.
Mesmo foragido da Justiça e com quatro mandados de prisão, Nei Barroso jamais saiu de Cantagalo, onde residia. Era temido pela população e em alguns casos até mesmo pela polícia. Um dos seus últimos atos foi há cerca de três meses. Ao saber que estava sendo traído pela esposa, ele teve um desentendimento com o rival e ateou fogo na própria casa, com a mulher dentro, mas ela conseguiu fugir.
Conforme o delegado Bradock, a morte de Nei Barroso foi uma surpresa para a polícia. Segundo informações de testemunhas ele não reagiu a ação dos menores, teoria que gera dúvidas, pois todos o conheciam e sabiam de sua periculosidade. Bradock disse que já tem os nomes dos menores, do suposto mandante do crime e de intermediadores. “Ainda não os prendemos porque achamos que tem muita coisa ainda para ser revelada”, contou.
Segundo o delegado, o fato dele ter sido morto por menores é no mínimo estranho. Ambos os adolescentes não tinham passagem pela polícia, eram estudantes e residiam no campo. Além disso, não foi encontrada nenhuma cápsula próxima ao corpo da vítima, o que pode indicar que o local do crime foi alterado. “Falam as testemunhas que ele foi morto com tiros de revólver, mas encontramos um projétil de 380 deflagrado a alguns metros dali. Não foi só com um calibre de arma. Achamos que ele levou um tiro de 12 no peito. Os ‘piás’ disseram que estavam armados com um revólver. Então alguém está mentindo”, declarou.
Entre as dúvidas sobre as circunstâncias da morte, a principal é uma ligação de Nei Barroso para Bradock na semana passada. Segundo o delegado, ele disse que se entregaria a polícia e que ‘derrubaria’ várias pessoas influentes de Cantagalo, inclusive ligadas à política. “Foi uma queima de arquivo, com certeza. Isso não tem a menor dúvida”, declarou o delegado.

Antes de ser morto, ele prometeu se entregar às autoridades e ‘derrubar’ pessoas influentes de Cantagalo

Fonte: Jornal Correio do Povo

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