terça-feira, 17 de maio de 2011

Laranjeiras do Sul: obra de universidade começa com atraso

Início da construção do câmpus da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), em Laranjeiras do Sul, será em junho, mês em que o prédio deveria ser entregue
Publicado em 17/05/2011 | Maria Gizele da Silva, da sucursal de Ponta Grossa
      Adriano Forbeck/Gazeta do Povo / O Incra só liberou no início deste mês a área onde será construída a Universidade Federal da Fronteira Sul. Por enquanto, só há placas no terreno A única universidade construída dentro de um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Brasil ainda está longe de ser inaugurada. A sede do câmpus de Laran­jeiras do Sul da Universidade Fe­­deral da Fronteira Sul (UFFS) será construída no Assentamento 8 de Junho, no mesmo município, e o cronograma inicial previa que ela estivesse pronta em março. O plano foi revisto e a construção deveria ter começado em fevereiro e terminado em junho. Como a liberação do terreno pelo Instituto Nacional de Colo­niza­ção e Reforma Agrária (Incra) só ocorreu no início deste mês, a empreiteira calcula que a obra só inicie em junho, após a medição e a terraplenagem, ou seja, no mes­­mo mês em que deveria ocor­­rer a inauguração. Por en­­quanto, os 520 alunos têm aulas em um prédio emprestado pela Universidade Estadual do Cen­­tro-Oeste (Unicentro), em condições difíceis. A UFFS, cuja sede fica em Cha­­pecó (SC), tem câmpus espalhados pelo Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O câmpus de Laranjeiras do Sul foi criado em setembro de 2009 e iniciou as atividades em março do ano passado. Como não havia sede própria, a UFFS fez uma parceria com a Unicentro para emprestar o prédio, enquanto a universidade paranaense usa três escolas públicas em Laran­jeiras do Sul para os cursos do câmpus avançado. A sede própria será construída numa área de 100 hectares no assentamento, dos quais 40 hectares foram doados pelo Incra e o restante adquirido pe­­las prefeituras de Laranjeiras do Sul, Nova Laran­jei­ras, Porto Barreiro e Rio Bonito. A sede provisória tem dez salas de aula para abrigar 520 alunos dos cinco cursos de graduação. Cadeiras e mesas estão armazenadas nos corredores e aulas de reforço são dadas nos cantos dos corredores. O acesso ao prédio é feito somente em estrada coberta por cascalho. O uso do prédio, conforme o diretor-geral do câmpus, Henrique Mayer, poderá se estender até fevereiro de 2012, prazo previsto na parceria. A estimativa, segundo ele, é que as aulas na sede nova já aconteçam a partir do final deste ano, porém, segundo o secretário de Obras da Universidade, Paulo da Luz, a previsão de entrega do prédio ficou para março do ano que vem, dois anos após o início da inauguração do câmpus. Cursos Os cinco cursos que funcionam na instituição foram escolhidos com base na vocação econômica da região: Agronomia (com ênfase em Agroecologia), Desen­vol­­vimento Rural e Gestão Agro­in­dustrial, Engenharia de Alimen­tos, Engenharia de Aqui­cultura e Licenciatura em Edu­cação do Campo. “Pediram Me­­dicina, por exemplo, mas não atenderia à vocação da região”, diz Mayer. A universidade trouxe esperança de progresso não apenas para os assentados do 8 de Junho, mas para todos os moradores da região do Cantuquiriguaçu, onde ela está instalada. Na região, segundo o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), 20 municípios têm Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) menor que a média paranaense. Fonte: Jornal Gazeta do Povo.

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