terça-feira, 28 de agosto de 2012

Para professores da UFPR, “gestores da SEED não entendem nada de educação pública”



Professores dizem que Arns e Meroujy não entendem de educação pública.
Caro Esmael, encaminho para publicação em seu blog, se julgar importante, esta análise feita por professores da UFPR e Educação Básica sobre os índices do IDEB no Estado e sobre as declarações infundadas da Superintendente da Educação [Meroujy Cavet].
Abaixo o link do Núcleo de Estudos sobre o Ensino da Filosofia, fonte da publicação o texto.
Creio que o texto mostra, entre outras coisas, que os gestores da SEED não entendem nada de educação pública.
Att.
Ademir Mendes
Professor de Filosofia e doutorando em Educação na UFPR.

Via Blog do Esmael Morais.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Sob ameaça, professores fazem até segurança em Censes (Educandários)

Com greve de educadores sociais, professores da rede estadual têm de dar aulas dentro de celas. Governo ameaça com corte do ponto
Educadores sociais, vinculados à Secretaria da Família e Desenvolvimento Social (Seds) e que atuam nos Centros de Socioeducação (Censes) para menores infratores no Estado, estão em greve para protestar contra a falta de atenção do governo em relação à sua pauta de reivindicações, que cobra a criação de plano de carreira e melhores condições de trabalho, entre outros itens. Com o movimento destes companheiros, que é da mais absoluta justeza, o governo está obrigando os professores estaduais que atuam nos Censes a dar aulas dentro das celas, a desempenhar atividades próprias dos educadores sociais e até mesmo atuar na segurança dos centros.
Hoje, no quinto dia de paralisação, após terem fracassado as tentativas do governo de declarar judicialmente ilegal a greve dos educadores sociais, a titular da Seds, Fernanda Richa, determinou que professores ingressassem nas celas onde estão mantidos os menores infratores e passassem a ministrar as aulas ali, sem qualquer segurança à integridade dos docentes ou preocupação com o aprendizado. A determinação foi feita sob ameaça de desconto do ponto.
Mário Monteiro, presidente do Sindisec, sindicato que representa a categoria, diz que o termo "educador social" se aplica aos servidores da Seds que são responsáveis por assegurar a integridade física, patrimonial e a segurança dos Censes. A tarefa propriamente pedagógica aos menores internados cabe a professores da rede pública cedidos pela Secretaria da Educação (Seed). "Obrigar o professor a dar aula na cela certamente prejudica o trabalho, pois lá não há condições para isso; a finalidade do governo com esta atitude é mostrar que está fazendo alguma coisa, enquanto acaba expondo o professor", disse o dirigente.
Mais grave: professores estão sendo obrigados a realizar a segurança dos estabelecimentos de socioeducação. Segundo Mário Monteiro, durante a greve a situação é recorrente em todas as 18 unidades do Estado - apesar da resistência dos educadores em muitos casos, assim como a de policiais militares destacados para cumprir uma função alheia.
A greve, na verdade, apenas deixa em evidência uma situação que já era observada: professores são indevidamente convocados para trabalhos estranhos ao labor pedagógico dentro dos Censes, num caso grave de desvio de função, frequentemente silenciado pelo temor despertado pelas ameaças de represálias contra quem se nega.
A APP-Sindicato vai cobrar do governo a imediata regularização da atribuição indevida de tarefas aos professores em centros de socioeducação, continuar acompanhando os casos de abuso, além de reafirmar total apoio ao movimento dos educadores sociais, nossos companheiros no Fórum das Entidades Sindicais dos Servidores (FES), que precisam ser ouvidos, respeitados e atendidos em suas demandas.

Bolívia anuncia falência de McDonald’s e expulsa Coca-Cola de seu território

via Opera Mundi
Como resultado da oposição de Evo Morales ao que seu governo chama de imposições gastronômicas norte-americanas, McDonald’s e Coca-Cola encerrarão todas as suas atividades na Bolívia até o final deste ano.
Se, de um lado, a rede de fast foods McDonald’s anunciou sua falência após “14 anos de tentativas infrutíferas de se instalar na cultura local”, de outro, a Coca-Cola foi formalmente expulsa do território e terá até o próximo dia 21 de dezembro para encerrar totalmente sua operação.
De acordo com o ministro das Relações Exteriores da Bolívia, David Choquehuanca, a decisão “estará em sintonia com o fim do calendário maia e fará parte das celebrações do fim do capitalismo e do início da cultura da vida”.
Ao lado do presidente Evo Morales, o chanceler acrescentou que “o dia 21 de dezembro de 2012 marca o fim do egoísmo e da divisão”. Por essa razão “o 21 de dezembro tem que ser o fim da Coca Cola e o começo do mocochinche (refresco de pêssego)”.
Além de critérios culturais, o governo também recorreu a questões de saúde pública, alegando que a Coca Cola, bem como a maioria dos refrigerantes industrializados, contém diversas substâncias capazes de gerar infartos e câncer.
Com a falência dos oito restaurantes que existiam no país, a Bolivia se tornará a segunda nação latino-americana a não possuir unidades do McDonald’s e o primeiro país do mundo onde a companhia foi obrigada a fechar por conta de mais de uma década de contabilidade negativa. O primeiro país a extinguir a maior rede de fast-foods do mundo no continente foi Cuba.
A disputa entre Morales e Coca-Cola começou nos primeiros meses de 2010, quando o presidente anunciou o lançamento de uma bebida totalmente boliviana, a Coca-Colla. O projeto tinha como objetivo legitimar o consumo da folha de coca.
No que diz respeito ao caso do McDonald’s, o modelo produtivista dos fast-foods nunca prosperou na Bolívia. No país, são muito fortes rituais gastronômicos que vão desde a decisão do que as famílias irão comer até o preparo conjunto dos alimentos.

Professores do Paraná conseguem na Justiça implantação imediata de 33% de hora-atividade

* Decisão inédita abre jurisprudência para toda a categoria
Decisão inédita abre jurisprudência para toda a categoria . Foto: Roger Meireles/Gazeta do Iguaçu.
Um grupo de 10 professores do Colégio Estadual Coronel Luiz José do Santos, do distrito Pirapó, em Apucarana, Norte do Paraná, conseguiu ontem na Justiça o direito a 33% de hora-atividade prevista na Lei Nacional do Piso. A decisão obriga o governo do Paraná a cumprir imediatamente a liminar.
Os mestres apucaranenses ingressaram na Justiça porque não concordaram com a negociação realizada entre a APP-Sindicato e a Secretaria de Estado da Educação (SEED), que promete implantar a hora-atividade somente a partir de 2013.
O professor Joacy Roney Cessel, um dos autores da ação judicial, disse que entrou em contato com a APP-Sindicato para comunicar da decisão judicial inédita e propor que a entidade também ingressasse na Justiça para garantir o benefício previsto em Lei, mas, segundo ele, a APP torceu o nariz para a questão.
“Eu fiquei muito chateado com essa omissão do sindicato, até pensei em me desfiliar, mas resolvi continuar associado”, lamentou Joacy, que ainda espera que a APP siga o exemplo dos educadores de Apucarana objetivando estender a implantação da hora-atividade aos demais professores paranaenses.
Os professores afirmam que decidiram reivindicar seus direitos pela via judicial em virtude de promessas anteriores não cumpridas pelo secretário e vice-governador Flávio Arns (PSDB).
O Supremo Tribunal Federal (STF) considerou a lei constitucional em agosto de 2011, ao responder uma ação de cinco estados, inclusive do Paraná. O Ministério da Educação (MEC) prevê a destinação de um terço do tempo para o preparo das aulas, dedicação a cursos e reuniões pedagógicas, dentre outras atividades extraclasse.
Segundo o professor Joacy, os dez colegas beneficiados pela decisão da Justiça poderão optar entre deixar as aulas excedentes e ficar com as aulas como extraordinárias.

Fonte: Esmael.