A partilha de uma herança e o possível descontentamento de filhos em relação à segunda esposa do seu pai podem ser o pivô de um caso que está sendo investigado pela Polícia Civil de Laranjeiras do Sul e que resultou na instauração de inquérito.
O caso chegou ao conhecimento da Polícia Militar em Marquinho onde a ocorrência foi registrada pelo proprietário da fazenda rural, na tarde de ontem, quarta-feira (16). O homem, cuja identidade está sendo preservada a pedido do Destacamento da PM, registrou queixa de que há três anos cabeças de gado vem sendo furtadas da sua propriedade. Há 15 dias sumiram 20 reses.
A troca de acusações e ameaças de morte envolvem o caso. Segundo o empresário rural, há informações de que parte do gado furtado estaria num pasto arrendado por um dos seus filhos numa outra fazenda na localidade de Caçador e outros na propriedade do sogro do filho na localidade de Rio da Barra. De acordo com o sargento Edson Luiz Zalewoski, comandante do Destacamento da PM em Marquinho, a polícia patrulhou o interior das fazendas suspeitas, mas não encontrou o gado. A partir de novas informações, policiais foram até outra propriedade na localidade de Barreiro Grande, cujo dono é um dos envolvidos no caso.
A equipe da PM foi então até a fazenda de um dos envolvidos onde foi informada de que havia gado com marca adulterada. A marca original é um círculo e adulterada se transformou em DJ.
Outra informação repassada por uma mulher é de que 40 cabeças de gado foram utilizadas por filhos do dono do gado para quitar dívidas. Destas, nove estariam com as marcas adulteradas. A PM constatou que dois caminhões haviam saído carregados de gado: um Ford
Cargo, de Toledo, pertencente a uma Transportadora e o veículo Ford Cargo 1622, também do município de Toledo, pertencente a outra empresa.
Para investigar o caso, o delegado da 2° Subdivisão Policial de Laranjeiras do Sul, Adriano Choffi, a partir da queixa feita à PM e encaminhada à PC, instaurou inquérito policial e já ouviu os envolvidos. De acordo com o delegado, há troca de acusações entre a madrasta e os enteados. “O filho diz que não furtou o gado e acusa a madrasta. Esta também nega e acusa o enteado. Mas estamos investigando com cautela para não provocar um conflito familiar maior. Mesmo porque, filho que furta o pai, inicialmente, tem isenção de pena, embora seja crime e o entendimento final seja do juiz,” diz.
De acordo com o delegado, a madrasta já registrou queixa por ameaça de morte e há cinco propiredades rurais envolvidas no caso. "Estamos investigando. Vamos analisar as fotos feitas pela Polícia Militar do gado e das marcas", disse o delegado. Testemunhas serão ouvidas.
Fonte: RSN.
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