quinta-feira, 6 de outubro de 2016

“Não há crise financeira”, afirma o secretário da Fazenda em audiência na Alep


O secretário da Fazenda do Paraná, Mauro Ricardo Costa, esteve hoje na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) e fez a exposição das contas do Estado no período de janeiro a agosto deste ano. As palavras do secretário foram claras: “Não há crise financeira”. Ele apenas confirma o que a APP-Sindicato e o Fórum das Entidades Sindicais (FES) vêm defendendo há meses. Além disso, o secretário afirmou que há um superávit nas contas de mais de R$ 1,5 bilhão. O irônico é que a previsão da própria Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa), desde o ano passado, é que neste momento haveria um déficit de 2,8 bilhões nas contas públicas. Mas, mais uma vez, isto não aconteceu.
“Se não existe crise financeira, se há dinheiro para pagar o que deve, como o secretário da Fazenda demonstrou em sua apresentação fica nítido que a Mensagem que o governador Beto Richa enviou para a Assembleia na segunda-feira, dia 3, nada mais é que perseguição aos servidores e servidoras. Além disso, constatamos que o investimento na Educação em relação aos mesmo período de 2015 caiu em 7,09%”, denuncia o presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Silva Leão, que acompanhou a sessão juntamente com outros(as) diretores(as) da entidade. Em um pronunciamento enérgico, o deputado estadual Professor Lemos também apontou uma série de contradições do governo.
“A mensagem que o governo enviou estipula que se houver, e apenas se houver, espaço no exercício de 2017 é que o Estado, então, deverá implementar em janeiro as promoções e progressões dos servidores. E daí, farão um plano de pagamento da dívida dos atrasados, que já passa de R$ 400 milhões. E por que o Estado não busca o R$ 1,5 bilhão roubado da Receita do Estado, investigado pela Operação Publicano, ou os R$ 50 milhões desviados das obras de escolas da rede estadual? Seria um dinheiro muito bem vindo. Agora, não dá para engolir, ainda mais com os números mostrando o contrário, que o servidor público é que está quebrando o Paraná”, enfatizou o parlamentar.

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